“Eu acho que hoje os blogs, pelo fato de não serem pagos, estão sendo feitos de forma indiscriminada.
Dessa forma qualquer pessoa, que talvez não esteja fazendo nada, pode criar um blog. E as coisas não são bem assim. Por exemplo: uma mulher teve um filho e resolve fazer um blog para contar a história do filho, só que a o tempo passa e esse blog acaba virando uma outra coisa que quase sempre cai na moda. Na minha opinião são pessoas despreparadas para ter um blog de moda.
Não são pessoas despreparadas para as outras coisas. A Moda é uma profissão como qualquer outra.
Eu fiz faculdade de Moda, Gestão em mercado de luxo, sou formada em Negócios da Moda, tenho cursos de consultoria de moda, além de 17 anos trabalhando no mercado. Tenho uma experiência muito grande e por isso posso dizer que é muito fácil sentar na frente do computador e criar um blog com um nome bonitinho, tiras umas fotos por aí ou pegar de editorias de moda e dar sua opinião. O que acontece é que uma dessas pessoas que cria blogs assim pode ser bem relacionada na sua cidade e então suas amigas vão, lêem e acham engraçado e passam a seguir sua opinião.
O que é uma coisa muito perigosa. Porque o que se está publicando na internet acaba se transformando em uma fonte de informação, é como se estivesse fazendo uma revista, mas que não é impressa. Na minha opinião os blogs de moda deveriam ter mais conteúdos. É lógico que temos blogs interessantíssimos, que realmente tem um conteúdo legal, mas por outro lado existem outros que não tem conteúdo algum ou que copiam descaradamente de blogs renomados.
Eu, no meu blog, quando vou escrever não sento simplesmente na frente do computador e escrevo meia dúzias de palavras que duram 15 minutos. Geralmente eu demoro de uma hora e meia a duas horas para escrever um texto. Isso acontece porque eu tomo muito cuidado com a forma que eu vou escrever, principalmente para que não ofenda ninguém. Também procuro escrever de uma forma clara, que uma pessoa leiga no assunto – porque ninguém tem obrigação de saber nada – vai ler e entender. Eu não posso falar de uma forma técnica e muito menos com gírias. Essas palavras que se usam no mundo da moda: fashionistas e mais um monte de istas eu não gosto e não uso. Eu gosto de usar palavras simples. É claro que existem algumas exceções como é o caso da famosa babuche que voltou agora com o nome de clog. Nos meus textos eu coloquei clog, mas entre parênteses “a famosa babuche” que todo mundo sabe o que é. E ainda complementei com “o famoso tamanco”. Eu faço isso para que todo mundo consiga entender, além de ter o cuidado para que o texto tenha começo, meio e fim.
Blog é uma ferramenta muito legal, muito bacana, mas é preciso ter mais responsabilidade ao lidar com ele. Ele pode levar a pessoa a fama como pode acabar com ela”.
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